Jogos digitais podem ser usados para reabilitação cognitiva?

Os jogos digitais têm sido estudados em pesquisas e já se sabe que podem estimular as funções cognitivas como planejamento, tomada de decisão, visuopercepção, além de atenção e memória. Portanto, a depender do jogo, pode até ser usado como ferramenta de avaliação neuropsicológica e de reabilitação.
O jogo Mental Plus pode ser jogado no celular ou no computador e tem o objetivo de detectar déficits de memória, atenção, linguagem e funções executivas do cérebro.
Essas funções podem ser afetadas em diversas doenças (como Síndrome pós covid,) ou condições como o envelhecimento e resultam em comprometimento na vida do dia
a dia, às vezes pequeno, às vezes mais profundo. São várias as situações que podem apresentar déficits e que podem se beneficiar da reabilitação com o jogo digital. Entre elas podemos citar:

- Síndrome pós covid
- Disfunção cognitiva pós operatória (pelo uso de anestesia)
- Alzheimer e outras Demências
- Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
- Comprometimento Cognitivo Leve, entre outros.

O Mental Plus foi criado pela dra Lívia Valentim com o objetivo de identificar os déficits mas também reabilitá-los, melhorando o funcionamento cognitivo das funções avaliadas.

O projeto está sendo conduzido em parceria com diversas instituições internacionais entre elas Harvard Medical School (Estados Unidos), The University of Copenhagen (Dinamarca), L’Université Paris-Sorbonne (França) e The University of Oxford (Reino Unido). A validação do método está sendo feita na FMUSP sob a coordenação de Valentin.

Esse trabalho é realizado em 12 sessões e podemos comprovar por medições específicas para cada função, se houve melhora do quadro geral. Pode ser usado em pessoas de 8 a 80 anos, em sessões presenciais ou à distância. Se o trabalho for de reabilitação, será realizado em 12 sessões, e podemos comprovar por medidas especificas para cada função se a reabilitação da função cognitiva
aconteceu.

 

Escrito por Marcia Tardini

Após minha formação pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) em 1991, iniciei minha atuação em clínicas na região do ABC Paulista e em consultório particular.

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