O capítulo aborda os impactos profundos que o trauma pode causar no neurodesenvolvimento e no funcionamento psicossocial dos indivíduos. Ele descreve como o trauma, seja um evento isolado ou uma exposição prolongada a ambientes abusivos e negligentes, ativa o sistema de resposta ao estresse, provocando mudanças significativas nas estruturas cerebrais, como a amígdala, o hipocampo e o córtex pré-frontal. Essas alterações podem levar a problemas como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), manifestado por sintomas como flashbacks, dissociação, hipervigilância e dificuldade em regular emoções. O texto também menciona que fatores como o vínculo entre mãe e bebê na primeira infância influenciam a vulnerabilidade ao trauma, evidenciando que a falta de cuidado adequado pode predispor a desregulações emocionais no futuro.
Além de apresentar as consequências do trauma, o capítulo explora intervenções terapêuticas inovadoras, com ênfase no uso de neurofeedback como alternativa de tratamento. O neurofeedback, uma técnica de neuromodulação autorregulatória, permite ao cérebro treinar suas respostas elétricas em tempo real, ajudando a restaurar o equilíbrio das funções neurais afetadas. Estudos apontam que essa técnica pode ser eficaz no tratamento de TEPT e outros transtornos relacionados ao trauma, ao reduzir sintomas como ansiedade e depressão. Assim, o capítulo defende o
neurofeedback como uma ferramenta promissora para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos indivíduos que sofreram traumas, oferecendo um complemento às abordagens tradicionais, como psicoterapia e farmacologia.