O neuropsicólogo pode diagnosticar e intervir quando o indivíduo apresenta déficits cognitivos e emocionais, investigando os sintomas com uma ampla avaliação. Por meio de instrumentos específicos pode-se avaliar se há perda real de funções cognitivas como memória, atenção, dificuldade de planejamento ou resolução de problemas (que são algumas das funções executivas do cérebro pré-frontal), funções visuoespaciais, de linguagem, ou intelectuais   entre outros.

Se há perda, qual o impacto e as consequências que esses déficits causarão na vida da pessoa e quais as possibilidades de reabilitação.

Esses déficits podem ser causados por transtornos do desenvolvimento,  devido a lesões no cérebro, ou ainda por causa do envelhecimento natural. Estamos falando de problemas de memória, como consequência ou não das demências senis, déficits de atenção, como a hiperatividade e o TDAH (Transtorno do Déficit de atenção e hiperatividade), transtornos de aprendizagem (dislexia, entre outros), e perdas cognitivas decorrentes de lesões cerebrais por traumatismo craniano, Acidente Vascular Encefálico (AVE), epilepsias, aneurismas, doenças neurodegenerativas e demais doenças neurológicas.

Podemos encontrar ainda déficits cognitivos em pacientes que sofrem de Stress, Depressão, Doenças mentais e que passaram por tratamento de quimioterapia.

O cérebro é um órgão sensível, mas passível de se beneficiar na neuroplasticidade, e focamos nisso quando detectamos esses déficits. A plasticidade é a capacidade de adaptação do cérebro e de transformação de seu funcionamento estrutural e funcional de acordo com a necessidade daquele indivíduo. Faz parte do trabalho do neuropsicólogo indicar estratégias de enfrentamento para as dificuldades encontradas na avaliação.